Expandindo Fronteiras
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WORKSHOP
O poder da consciência na Gestalt-terapia.
Introdução à meditação intersubjetiva.
29 de outubro
Jean-Marie
Delacroix
Entre as raízes da Gestalt, há raízes orientais. De fato, F. Perls descobriu a meditação Zen durante uma viagem ao Japão. Como precursor e visionário, sentiu o poder da consciência no processo terapêutico. Em 1947 dedicou a terceira parte de seu livro “Ego, Fome e Agressão” à “terapia da concentração”. Ele então nos convida a introduzir no processo terapêutico o foco no que está acontecendo aqui e agora, ou seja, entrar na plena consciência das sensações, emoções, reações diversas. Ele é o precursor do Mindfullness. Em 1951, Perls, Hefferline e Goodman dedicaram três capítulos de "Gestalt-terapia" ao que hoje seria chamado de práticas meditativas para ajudar terapeuta e paciente a desenvolver a capacidade de sentir o continuum da consciência.
Jean-Marie Delacroix, que estava imerso na história, primeiro da Gestalt Perlsiana da primeira era, depois na teoria do Self, depois na Gestalt relacional entendida e praticada a partir de uma perspectiva de campo, depois na Gestalt transpessoal, se colocou a questão de quando, como e com que finalidade deixar o conteúdo e apoiar o processo terapêutico de tal forma que o paciente e o terapeuta se deixem entrar e ir mais longe no continuum da consciência. Ele propõe introduzir momentos de co-awareness, que ele chama de meditação intersubjetiva: desenvolver uma atitude meditativa tendo como pano de fundo o problema do paciente. A relação plenamente conscientizada torna-se então o pano de fundo do qual emergirão memórias, sensações, inscrições corporais ou psíquicas. Ambos estão então em um estado de awareness. Aliás, G. Yonteff escreveu há tempos que esse estado permitia a assimilação de situações inacabadas.
Objetivos do workshop: durante este workshop JM Delacroix apresentará seu ponto de vista sobre o interesse da awareness no processo terapêutico e proporá algumas práticas
• para permitir que os participantes sintam o poder da atenção plena no processo,
• para descobrir a meditação intersubjetiva, introduzida nos “momentos sensíveis” do processo,
• para experienciar a importância de dois corpos presentes e vivenciar o fenômeno da intercorporalidade de que o fenomenólogo francês Merleau Ponty já falava em 1945 na “Fenomenologia da percepção”.
Inscrições: sedes.org.br ou presencialmente na secretaria.
Informações: eventos@sedes.org.br / (11) 3866-2730.